quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Lápis de cor


Frida Kahlo, pintora mexicana

Passa-se quase sempre toda uma infância ou, em casos extremos, toda uma existência submetidos ao esforço familiar para cabermos em formas. Pra não se machucar, não cair, não tomar choque, não quebrar pernas, braços ou bibelôs. Pra não ser mal educado, desbocado... Não ser a gente. 

E quando, ingenuamente orgulhosos de nós mesmos pelo reflexo do orgulho altivo do mundo, superamos finalmente todos esses limites é que estamos prontos pra fazermos a trajetória contrária. O caminho de volta, se quisermos ter alguma chance de experimentarmos outros lápis de cor além dos tons de cinza que nos ofereceram para pintar o que, frequentemente, costumam chamar de vida.

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