Anita Malfatti, pintora brasileira
Ser
desdobrável em vários. Ser multiplicável e, ainda assim, continuar defendendo
singularidades. Que prometem O novo, O belo, O verdadeiro... E, nessa
matemática, filha obediente dos Tempos modernos, eventualmente, roçar a
face fugidia do que chamam de plenitude. Completude feita, também, do que não
é. Bonecas russas.
Como
implodir essa porção minha que não suporto? Se seu sorriso de Monalisa rameira
continuará lá, dando o tom de todas as outras? Mesmo das que nem germinaram?
Como
destituir o lugar de uma dessas facetas (a que delata minha porção mais
mesquinha) sem corromper as demais? Seria o resultado desse esforço mais ou
menos cômodo do que daquele que provém desse outro serializado? Facilmente
reproduzível, que acumula, com perícia, aplausos e suspiros?
Pois,
hoje, uma delas tomou conta do pedaço. E resolveu dizer que essa putaria tem
que acabar ou se assumir de uma vez por todas.
Não
sou bonitinha! Não sou uma bonequinha!!! Muito mesmo protagonista de mim.
Hoje
irei pro porão e lá pretendo ficar por um bom tempo.