É difícil expressar o que se sente ao ver uma joaninha. Sim! Daquelas vermelhinhas com bolinhas pretas. Inevitável querer se aproximar e deixá-la percorrer nossa pele, entre pontes de braços e dedos infinitos. Vê-la avançar e avançar, sem destino, apenas sob a luz de um sorriso pueril que não quer largar o brinquedo enquanto ele não estraga ou enquanto não vem alguém para nos dizer: basta!
O problema é quando a espera do dedo supera a inércia inicial do pequeno inseto. Sempre tão rápido, tão disposto a repetir e repetir os mesmos centímetros epidérmicos, capturando ohs dos que nunca experenciaram uma fragilidade rubro-móvel tão de perto. Infinitamente vulnerável, mas poderosamente doce. Vida no pulso, que sucumbiria tão somente com a pressão mortífera de um polegar.
Não! Nem campo aberto para o assassinato poético, tampouco para um doce remember, viagem ao quintal da infância, entre formigas, minhocas e outras joaninhas. Muitas. Tantas. Poesia cotidiana. Sem ais, nem ohs.
Como agir diante de uma joaninha já morta?
Aceito sugestões.
Simplesmente naõ acredito no que estou lendo. Meu Deus! Hugo Leonardo.
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