sábado, 16 de junho de 2012

Confissão

Edward Munch, pintor noruguês

Não! Não sinto sua falta.

Sua presença não me é mais uma necessidade. Na verdade, nunca foi, muito menos agora.

Nunca houve um momento sequer no qual precisei evocá-la, exigi-la...

Não há falta alguma, mesmo em meio a outras tantas, às quais rendemos culto, especialmente em dias de festas, de alegria desbordante, quando o corpo se impõe como uma presença irremediavelmente sufocante.

A falta.

A despeito do desamor — esse contra o qual nada se pode fazer — é preciso deixar(-se) ir do mesmo modo que, antes, sem prefixos, surgiu: ao gosto, irônico, do acaso.

Não, não há razão que justifique senti-la! Mesmo sentindo muito e tudo e tanto...

Talvez, contudo, vacilo: mais ou menos que antes?

Sua?

Sinto.

Sim!

Sinto muito.

Um comentário:

  1. Será?
    A razão não mede sacrifícios.
    O coração, no entanto... atira-se
    do primeiro precipício.

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